Quando o profissional de engenharia vai verificar o estado de uma obra já pronta e diz que a mesma apresenta patologias, já dá para entender que aquela construção contém erros ou deformações. Mas, esses defeitos quando se encontram em estágio inicial podem ser recuperados. Conheça os principais tipos de patologias e tire suas dúvidas.


Patologias em revestimentos cerâmicos


O revestimento cerâmico costuma ser uma utilização comum nos edifícios residenciais, comerciais e industriais no Brasil. No entanto, ao escolher esse tipo de fachada o engenheiro precisa prever ações que evitem destacamentos, machamentos e fissuras, patologias que são mais recorrentes desse tipo de acabamento.


Destacamento das placas cerâmicas


A patologia mais presente em revestimentos de cerâmicas é o destacamento das placas deste material. Essa disfunção pode ocorrer nas camadas internas, emboço, ou chapisco de uma edificação. Outra situação comum é o aparecimento de outros tipos de destacamento do revestimento em uma mesma fachada.


Manchamento das placas


Esse tipo de patologia pode estar associado ao escoamento incorreto da lâmina d'água pela fachada e também pela infiltração de água ou deposição de sais solúveis na superfície, chamado de eflorescências. Além disso, pode estar relacionado à especificação incorreta ou à degradação dos materiais que compõem o sistema de revestimento.

Fissuras


Em diversos casos ocorrem abaixo das placas cerâmicas e por isso, são menos frequentes e podem provocar o destacamento. Quando aparecem, sinalizam que o sistema não foi corretamente projetado e executado para absorver as movimentações da base como alvenaria e estrutura.

Eflorescência


São depósitos cristalinos de cor branca que aparecem na superfície do revestimento, em razão da migração e posterior evaporação de soluções aquosas salinizadas. Os depósitos surgem quando os sais solúveis nos componentes das alvenarias, nas argamassas de emboço, de fixação, de rejuntamento ou nas placas cerâmicas são transportados pela água utilizada na construção, na limpeza ou vinda de infiltrações, através dos poros dos componentes de revestimento.

Patologias em revestimentos argamassados


Essa situação ocorre devido à qualidade dos materiais utilizados na execução, do traço da argamassa de cimento, da espessura do revestimento, da aplicação do revestimento, do tipo de pintura, da umidade e da expansão da argamassa de assentamento.

As origens dessas patologias estão relacionadas às fases de projeto e execução desse revestimento, ou seja, pela ausência do projeto do revestimento ou pela má concepção e pela não conformidade entre o projetado e o executado.

Bolor


Também chamado de mofo, são manchas esverdeadas ou escuras que ocorrem junto da desagregação da argamassa. Entre as possíveis causas estão a umidade constante e a falta de exposição ao sol. O reparo é realizado através da lavagem das manchas com solução de hipoclorito de sódio e eliminação da infiltração da umidade.

Vesículas


Essa patologia se refere ao empolamento da estrutura. As partes internas podem se apresentar brancas, pretas ou vermelho-ferrugem. As possíveis causas são a presença de matéria orgânica, pirita ou material ferruginoso na areia. Também pode ocorrer devido à hidratação tardia da cal. O reparo consiste na substituição do reboco e eliminação dos focos de umidade.

Descolamentos


Nessa patologia há três tipos comuns, o primeiro é chamado de descolamento com empolamento, como o nome já diz, ocorre empolamento quando as vesículas se descolam do emboço. Por causa disso, o reboco apresenta som cavo sob percussão. As possíveis causas são a hidratação tardia da cal e o excesso de umidade. O reparo consiste na substituição do reboco.


O segundo tipo é chamado de descolamento em placas, e caracteriza-se pelo descolamento de placas endurecidas e formação de vazios abaixo da camada de revestimento. Entre as prováveis causas estão: argamassa muito rica ou pouca aderência à superfície de base. Quando a casca do descolamento se encontra quebradiça, uma das possíveis causas é a argamassa magra ou aplicação prematura de tinta impermeável sobre o reboco. O reparo consiste na substituição completa do revestimento.

E, por último, há o descolamento com pulverulência, quando o reboco se desagrega com facilidade, se esfarinhando, e apresenta som cavo sob percussão. Excesso de finos nos agregados, traços pobres em aglomerante ou ricos em cal. Como reparo recomenda-se a renovação completa do revestimento.

Vale ressaltar que a maioria dos problemas em revestimentos mostra que para evitar o aparecimento das patologias e aumentar a vida útil dos revestimentos o segmento da construção civil precisa se preocupar cada vez mais com fatores externos à obra.


Por isso, se você atua no ramo da engenharia e deseja aprofundar seu conhecimento nas questões relacionadas a patologias e outros elementos, esse é o momento certo para você começar sua pós-graduação. Faça sua matrícula na especialização em Engenharia Diagnóstica Aplicada à Construção Civil no Instituto Monte Pascoal. Seja um (a) especialista no assunto e se torne referência no meio profissional.


Fonte: Liga Blog

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