A Ponte Binacional Franco-Brasileira, que liga por via terrestre o Brasil e a União Europeia, a partir da divisa entre o Amapá e a Guiana Francesa, foi liberada para tráfego de veículos leves no DIA 18 de março. A estrutura pronta desde 2011 custou cerca de R$ 70 milhões, e dependia de acordos econômicos e políticos entre os dois países e de obras do lado brasileiro para iniciar suas operações.

Há um ano eu escrevia sobre a história da mesma ponte, e sobre o atraso de sua liberação. A previsão, que era para o primeiro semestre de 2016, ficou para o primeiro de 2017. Mas, desfrutando de um dos preferidos ditados brasileiros, antes tarde do que nunca.

A cerimônia aconteceu dos dois lados da bela ponte estaiada, que tem 378 metros de extensão e liga as cidades de Oiapoque, no Amapá, e Saint-Georges, na Guiana Francesa. Apesar da abertura, podem trafegar pela estrutura somente veículos de passeio, estando ainda proibido o transporte de cargas, o que segundo o governo brasileiro deve acontecer até o meio do ano.

Um dos problemas que visitantes do lado brasileiro podem enfrentar, com a abertura da ponte, é a falta de pavimentação de parte da Rodovia BR-156, único acesso de Oiapoque para a capital Macapá. Construída há mais de 40 anos, a estrada ainda possui um trecho com pouco mais de 100 quilômetros sem pavimentação asfáltica. Com as chuvas intensas, a região está tomada por atoleiros que limitam e retardam o tráfego. Nessas condições, a viagem pode demorar mais de 12 horas.


Além dos acordos internacionais, a estrutura alfandegária do lado brasileiro da ponte ainda não foi concluída. A construção está nos serviços de terraplenagem, e tem previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2017, dependendo das chuvas, conforme informado pelo DNIT. A construção vai abranger uma área de 21,7 mil metros quadrados com serviços de iluminação, circuito de TV, instalações elétricas, além da parte de mobilidade urbana.

Após o término da obra, a alfândega será entregue para a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), futura responsável pela administração do espaço. A estrutura vai conter postos da Anvisa, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama e Receita Federal. Cada órgão será responsável pela aquisição dos próprios equipamentos.

Fonte: G1 Amapá - Rede Amazônica

Fonte da imagem: Isan Oliveira (Arquivo Pessoal)