O município de Aparecida de Goiânia foi classificado durante muitos anos como uma "cidade dormitório" anexa ao município de Goiânia. Mas o seu crescimento é notável, e hoje Aparecida caminha com as próprias pernas, sendo referência em diversos setores.

Infelizmente crescimentos notável e não planejados, geralmente, não vêm acompanhados das melhorias necessárias na infraestrutura da região; ao menos não na mesma velocidade. Considero este o caso de Aparecida de Goiânia.

Desde 2009, o Instituto Trata Brasil publica anualmente um ranking sobre a situação do saneamento básico no País, avaliando os 100 maiores municípios do Brasil. O ranking foi desenvolvido com informações de indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. Além dos dados sobre a coleta e tratamento de esgoto, o levantamento também levou em consideração informações sobre o atendimento de água tratada e também o volume de perda de água tratada, que ocorre através de vazamentos ou por meio de ligações clandestinas.

A atual situação do município o posicionou entre os 20 piores do ranking, em relação ao serviço de coleta e tratamento de esgoto. Apenas 20,5% da população da cidade conta com os serviços de coleta e tratamento de esgoto, número expressivamente abaixo da média nacional de 62,43%.

Em 2013 a concessionária Saneago subdelegou o serviço de coleta e tratamento de esgoto para a empresa Odebrecht Ambiental, com o compromisso da universalização do atendimento de esgoto na cidade em até seis anos. As obras estão sendo executadas em ritmo variável, com a ampliação do sistema de coleta e a finalização da Estação de Tratamento de Esgoto Santo Antônio, com conclusão prevista para 2015.

A Saneago ainda está executando uma considerável relação de ramais domiciliares em redes coletoras existentes, mas a grande expectativa de avanços no atendimento a população nos próximos anos está sobre a responsabilidade da empresa Odebrecht Ambiental.

Fonte: Jornal O Hoje, Instituto Trata Brasil