Com a pandemia vários países já estão sentindo o colapso na economia que vem diminuindo com o passar dos meses. Com isso, alguns países começaram a planejar estratégias para conseguir levantar a economia novamente e a energia renovável é uma aposta para alavancar o crescimento econômico novamente.


A energia renovável pode impulsionar uma recuperação econômica do COVID-19, estimulando ganhos globais de PIB de quase US$ 100 trilhões entre agora e 2050. Segundo a Agência Internacional de Energia Renovável a aceleração do investimento em energia renovável pode gerar enormes benefícios econômicos enquanto ajuda a enfrentar a emergência climática global.

Francisco La Camera, diretor geral da agência, esclarece que a crise global desencadeada pelo surto de coronavírus expôs "as profundas vulnerabilidades do sistema atual" e levou os governos a investir em energia renovável para impulsionar o crescimento econômico e ajudar a cumprir as metas climáticas.

De acordo com o relatório histórico da agência a aceleração do investimento em energia renovável ajudaria a enfrentar a crise climática e, com efeito, se pagaria. O investimento em energia renovável proporcionaria ganhos globais de US$ 98 trilhões no PIB, acima do cenário normal de negócios em 2050, retornando entre US$ 3 e US$ 8 por cada dólar investido.

Em relação as taxas de emprego o índice quadruplicaria no setor para 42 milhões nos próximos 30 anos e melhoraria de maneira mensurável as pontuações globais de saúde e bem-estar, de acordo com o relatório.


No que diz respeito a saúde e economia La Camera diz que os governos estão enfrentando a difícil tarefa de controlar a emergência de saúde, ao mesmo tempo em que introduzem grandes medidas de estímulo e recuperação.


"Ao acelerar as energias renováveis e tornar a transição energética parte integrante de uma recuperação mais ampla, os governos podem alcançar vários objetivos econômicos e sociais na busca de um futuro resiliente que não deixa ninguém para trás" afirma o diretor geral da agência.

O relatório também descobriu que a energia renovável pode conter o aumento das temperaturas globais, ajudando a reduzir as emissões de dióxido de carbono da indústria de energia em 70% até 2050, substituindo os combustíveis fósseis. Além disso, o corte das emissões de carbono pode ser maior na indústria pesada e nos transportes para atingir praticamente zero de emissões até 2050, principalmente investindo em hidrogênio verde.

"À medida que o mundo procura se recuperar das atuais crises econômicas e de saúde, enfrentamos uma escolha: podemos buscar um sistema de energia moderno, limpo e saudável, ou podemos voltar às formas antigas e poluentes de fazer negócios. Precisamos escolher a primeira", esclarece Andrew Steer, executivo-chefe do Instituto de Recursos Mundiais.


A iniciativa de se atentar para uma recuperação econômica verde da crise do coronavírus se deu após um aviso de Fatih Birol, chefe da Agência Internacional de Energia, de que políticas governamentais devem ser implementadas para evitar um hiato de investimento na transição energética. "Não devemos permitir que a crise de hoje comprometa a transição da energia limpa", afirmou. "Temos uma importante janela de oportunidade".

O presidente e CEO da empresa espanhola Iberdrola de energias renováveis, Ignacio Galán, dona da Scottish Power, disse que a empresa continuará investindo bilhões em energia renovável, bem como em redes e baterias para ajudar a integrar a energia limpa na eletricidade.

"Uma recuperação verde é essencial à medida que emergimos da crise do COVID-19. O mundo se beneficiará econômica, ambientalmente e socialmente, concentrando-se em energia limpa", disse ele. "Alinhar estímulos econômicos e pacotes de políticas com metas climáticas é crucial para uma economia viável e saudável a longo prazo". Conclui.

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Fonte: Engenharia É

Imagem: Makunin via Pixabay