Os primeiros meses do ano para o segmento de alimentos são pautados por renovações, implantações, ajustes, inspeções e monitoramentos onde alguns documentos são obtidos e renovados, sendo um deles o alvará sanitário. Com o objetivo de esclarecer algumas dúvidas sobre isso, o Senge conversou com o Vice-Presidente da Associação Goiana de Engenheiros de Alimentos (AGEA), engenheiro de alimentos Thiago Donzelli, o qual abordou assuntos como responsabilidade técnica na produção de alimentos e outros que envolvem a Engenharia de Alimentos.

Donzelli disse que uma assessoria empresarial de alimentos envolve fatores onde é necessário um conhecimento profundo do processo industrial, da legislação envolvendo a manufatura, controle de qualidade vigente, questões higiênicas e sanitárias, projetos, assuntos regulatórios. Para ser responsável técnico e assessorar empresas o engenheiro de alimentos deve ter toda habilidade e competência para suprir a empresa tecnicamente em diversos quesitos.

"Além de tudo isso, o engenheiro de alimentos é consultor direto do empreendimento realizando a interface com os órgãos regulamentadores, estabelecendo e implantando programas específicos e criando atribuições técnicas para o bom andamento do negócio, melhorando continuamente a cadeia de alimentação" informa ele.

O alvará de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é válido até o dia 31 de dezembro todos os anos e deve ser renovado anualmente. A Prefeitura de Goiânia concede um prazo às empresas até o dia 31 de março para que toda a documentação seja entregue.

Outro destaque das atribuições é o desenvolvimento do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) que de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é um documento que deve retratar a realidade de empresa, com um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e os regulamentos técnicos.

"O primeiro passo para a implementação do BPF é contratar um consultor ou alguém que esteja capacitado a fazer o diagnóstico da sua empresa, seguindo um ckeck-list que a Anvisa exige. O engenheiro de alimentos possui essa habilidade e muitas empresas de alimentação por falta de conhecimento ou informação, às vezes por falta de fiscalização não cumpre esse procedimento corretamente," afirma Donzelli.

Um dos objetivos da AGEA neste ano é levar o máximo de conhecimento aos colaboradores envolvidos a fim de disseminar a importância dessa documentação para as empresas. "Estamos estudando um workshop empresarial e a criação de uma cartilha personalizada para o setor," conclui Donzelli.

Fonte: SENGE-GO