Investigadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, estão a desenvolver um tipo de betão que contém na sua constituição bactérias produtoras de calcite (carbonato de cálcio), capazes de conferir ao material propriedades de auto-reparação.

Esta nova tecnologia poderá, em teoria aumentar exponencialmente o tempo de vida das estruturas de betão e reduzir substancialmente os custos de manutenção.

Quando surgem fissuras numa estrutura constituída por este tipo de betão, as bactérias alcalifílicas existentes no seu interior ficam expostas a um meio ácido, que despoleta a produção de calcite.

Este material vai encher as cavidades de dentro para fora, selando lentamente qualquer orifício ou fissura através dos quais os agentes ambientais agressivos pudessem penetrar e originar a degradação do aço das armaduras ou do próprio betão.

O Biobetão é obtido através da adição de bactérias e nutrientes (lactato de cálcio) à argamassa. As bactérias permanecem em estado latente durante a mistura e durante grande parte da vida de serviço da estrutura de betão e apenas são ativadas em presença de água, quando a água da chuva penetra através de fissuras no betão.

Esta capacidade de auto-reparação é especialmente importante em estruturas de betão armado enterradas ou de difícil acesso.

Este betão inovador foi criado em 2009 pelo Microbiólogo Henk Jonkers e pelo Engenheiro Especialista em materiais de construção, Eric Schlangen e tem sido estudado e melhorado desde então. O processo de comercialização deverá ter início dentro de 2 a 3 anos.

Fonte: Engenharia Civil