Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a economia brasileira iniciou o ano de 2015 com as demissões superando as contratações em 81.774 empregos. Este resultado é o pior desde 2009, quando foram fechados 101.748 empregos com carteira assinada em janeiro. Naquele ano, a economia brasileira enfrentava os efeitos da crise financeira internacional que teve início em setembro de 2008. Em janeiro de 2014, houve a criação de 29.594 empregos formais no país, como pode ser observado no gráfico.

O setor de comércio varejista registrou o fechamento de 97.887 postos, enquanto que o comercio atacadista registrou a abertura de 87 postos. O setor de serviços, por sua vez, registrou a demissão de 7.141 postos. Na contramão, a indústria de transformação voltou a contratar depois de oito meses em que as demissões superaram as contratações. Nesse setor, foi registrada a abertura de 27.417 novos postos. Por fim, a agricultura registrou a abertura de 9.428 postos no mês de janeiro, desempenho que foi melhor, segundo o governo, do que o registrado em 2014 e 2013.

Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de contratações em somente duas das cinco regiões do país em janeiro deste ano. A região Sul abriu 29.688 postos formais em janeiro, ao mesmo tempo em que o Centro-Oeste registrou a contratação de 1.208 trabalhadores com carteira assinada no primeiro mês de 2015. No Sudeste, que geralmente lidera as contratações no país, porém, foram fechadas 69.911 vagas formais em janeiro deste ano. Essa redução foi atribuída pelo governo, principalmente, ao desempenho negativo do Rio de Janeiro. Já a região Nordeste fechou 32.011 postos formais, enquanto que a região Norte registrou 10.748 demissões no mês passado.

Apesar das demissões, o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que há motivos para manter o otimismo com relação à geração de empregos no país em 2015. "As políticas que temos desenvolvido, na área social, com programas como o Minha Casa Minha Vida, como o Bolsa Família, elas não serão interrompidas. Os investimentos em infraestrutura não serão interrompidos e muitos dos investimentos previstos por empresas privadas não serão interrompidos. Isso vai continuar ajudando o país e gerando empregos", avaliou ele.

Fonte: G1 - Economia