Investigadores da Universidade de Stanford criaram um novo material misto de isolamento e condução energética que permite, de forma passiva, a transferência de grandes quantidades de calor do interior dos edifícios para o exterior.

Quando aplicado nas fachadas e coberturas, o mesmo material, de reduzida espessura e configuração multi-camada, permite igualmente a reflexão dos raios solares.

De acordo com a Universidade de Stanford, o novo material, além de ser capaz de bloquear a radiação invisível infravermelha, serve também como um espelho de elevado desempenho para reflexão da luz do sol.

A tecnologia, batizada de Arrefecimento por Radiação Fotónica, utiliza materiais de baixo custo, podendo ser aplicada em edifícios de grandes dimensões e permite a redução efetiva dos gastos energéticos decorrentes do funcionamento dos sistemas de ar-condicionado, correspondente, em média, a cerca de 15% do consumo elétrico dos edifícios.

A grande inovação desta tecnologia reside na forma como o material opera em duas frente, irradiando o calor para a atmosfera, sem promover o aquecimento do ar na proximidade do edifício e prevenindo, com uma eficiência de 97% a entrada de luz do sol.

Com apenas 1.8 micron de espessura, é mais fino que papel de alumínio, sendo constituído por sete camadas de dióxido de silício e óxido de háfnio, recobertas por uma camada de prata.

Nesta fase de desenvolvimento, os engenheiros de Stanford estão a tentar ultrapassar duas barreiras técnicas importantes, em particular o processo de condução do calor do coração dos edifícios até à pele exterior, onde o revestimento se situa e também a forma como o revestimento pode ser produzido em massa.

Adicionalmente, os investigadores estão a trabalhar numa versão do material que possa ser aplicada, por pulverização, em materiais de construção correntes.

Fonte: Engenharia Civil