É gente demais para vagas de menos. O número de desempregados no país subiu para 8,2 milhões, entre março e maio, uma alta de 18,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Os setores mais atingidos pelo aumento do desemprego são: administração pública, a construção civil e a agricultura. A construção civil aparece com uma queda de 8%, equivalente a 636 mil vagas de emprego.

De cada 100 brasileiros em idade de trabalho, 43,8% estão fora do mercado. Isso significa que 67,3 milhões de brasileiros poderiam trabalhar, mas não trabalham.

O economista Manuel Thedim prevê que a taxa de desemprego vai continuar piorando. "Enquanto a gente não conseguir uma retomada de investimentos de forma estrutural, adquirindo a confiança dos empresários e da sociedade, nada vai mudar. Nós precisamos de fundamentos macroeconômicos bem sólidos e eles não estão acontecendo", explica.

Fatores como a redução do crédito ofertado e aumento das taxas de juros, tanto para quem constrói quanto para quem compra, o aumento do CUB Brasil em escala mensal significativa, e a insegurança na hora de investir, estão freando um setor que é essencial para o desenvolvimento do Brasil.

No momento, todos observam e esperam a crise se espalhar para os demais setores sustentados pela construção civil


Fonte: Globo - Hora 1