Um estudo realizado pelo Departamento de Engenharia Civil e de Transportes da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) mostrou que o uso de materiais betuminosos mais duráveis em pavimentos rodoviários é compensador a longo prazo em países com climas frios do Norte da Europa.

Apesar de representarem um investimento inicial significativamente superior aos betuminosos convencionais, estes materiais betuminosos melhorados permitiriam poupanças anuais estimadas de várias dezenas de milhões de euros em manutenção.

Países como a Noruega, com mais de 90 mil quilômetros de autoestradas e 126 mil quilômetros de estradas secundárias pavimentadas com betuminosos, enfrentam, devido ao seu clima extremo, desafios construtivos com que outras regiões europeias não têm que se preocupar.

As temperaturas atmosféricas chegam a atingir 30 graus negativos durante o inverno e 30 graus no pico do verão, o que representa temperaturas superficiais dos pavimentos rodoviários betuminosos da ordem dos 50 a 60 graus centígrados.

Esta variabilidade térmica extrema associada à ação da precipitação e dos pneus de Inverno com pregos, bem como à agressividade química do sal utilizado para promover a fusão do gelo, faz com que os pavimentos rodoviários betuminosos tenham de sofrer intervenções de manutenção e reabilitação com uma frequência muito superior à média europeia.

O estudo, financiado pela Administração Norueguesa de Estradas Públicas e pela empresa de tecnologias aeroportuárias, Avinor AS, indica também que mesmo em estradas de baixo volume de tráfego, pode ser compensador financeiramente a opção por betuminosos mais duráveis.

Fonte: Engenharia Civil