O início do mês de agosto de 2020 foi marcado pela grande explosão ocorrida em Beirute, capital e cidade do Líbano. O que muitos não esperavam é que o principal ‘suspeito’ do desastre ocorrido fosse o Nitrato de Amônio. Veja do que se trata e entenda como essa substância foi capaz de provocar a intensa explosão.


O Nitrato de Amônio é um composto químico de fórmula molecular NH4NO3, bastante utilizado como fertilizante na produção de alimentos como cana-de-açúcar, frutas e hortaliças. Além disso, O composto ativo libera nitrogênio para as raízes das plantas, tornando-as mais resistentes e aumentando a produtividade da lavoura.

Por ser um sólido comburente (categoria 3), a substancia se apresenta como um sal branco altamente solúvel em água e higroscópico, que quando aquecido a temperaturas superiores a 210°C decompõe-se rapidamente liberando assim, gases tóxicos, tais como o óxido de nitrogênio e amônia.

O Nitrato de Amônio por si só é considerado seguro, porém, um aquecimento ou uma faísca são capazes de provocar uma reação altamente explosiva. Sendo assim, existem cuidados e restrições quanto ao seu armazenamento e transporte. O armazenamento em grande escala também não é recomendado.

A grande explosão ocorrida em Beirute não foi algo inusitado, explosões como aquela também já aconteceram na França, China, EUA e em menores proporções em São Paulo e Santa Catarina. Em todos os casos foram explosões oriundas do armazenamento indevido do Nitrato de Amônio, na qual, provocaram estragos catastróficos com centenas de mortos e feridos.

Até o momento, a informação é que uma média de 2,7 mil toneladas de Nitrato de Amônio estavam armazenadas em um depósito desde 2014, sem a segurança necessária em Beirute.

Após o desastre ocorrido o melhor a se fazer agora é averiguação o caso e responsabilizar os culpados, é preciso também, se atentar aos cuidados necessários no armazenamento e transporte deste composto.


Por isso, aqui no Brasil alguns estados como o Rio Grande do Sul já se posicionaram em relação a movimentação do Nitrato de Amônio, e alegaram que a substância é de "interesse militar". Sendo assim, sua fabricação, transporte, armazenamento e uso são devidamente inspecionados pelo Exército.

Atualmente, os estoques de Nitrato de Amônio aqui no Brasil seguem um esquema "Just in Time", o que minimiza o potencial risco de acidentes. No entanto, as Boas Práticas e a prevenção com relação ao uso de produtos químicos como o Nitrato de Amônio, são imprescindíveis.

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Fonte: Blog da Engenharia

Imagem: G1